FMRB abre exposição em homenagem aos 40 anos da democracia
16/03/2025
(Foto: Reprodução) A exposição “40 Anos da Democracia - Entre Traços e Cores”, apresenta 15 obras inéditas do artista plástico Betto Pereira. FMRB abre exposição "40 Anos da Democracia - Entre Traços e Cores", de Betto Pereira
Divulgação/ FMRB
A Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) realizará, no dia 20 de março, às 19h, a abertura da exposição “40 Anos da Democracia - Entre Traços e Cores”. A mostra apresenta 15 obras inéditas do artista plástico Betto Pereira, que mescla o abstrato e o figurativo para narrar a luta, a resistência e a conquista da liberdade e da democracia no Brasil.
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Integrando a programação de celebração dos 40 anos da democracia promovida pela FMRB, a exposição reflete, entre traços e cores, sobre a trajetória do processo democrático no país. As obras abordam as tensões e superações que marcaram nossa história recente. Com forte conteúdo simbólico e multicoloridas, as peças convidam o espectador a refletir sobre as lutas do povo brasileiro, especialmente durante o período da ditadura militar, ao mesmo tempo em que celebram as vitórias da liberdade e da justiça social garantidas pela transição democrática.
"40 Anos da Democracia - Entre Traços e Cores" vai além das artes plásticas. A exposição promove um encontro entre pintura, música e inclusão. Cada tela é acompanhada por uma composição de Josias Sobrinho, músico e compositor, musicada por Betto Pereira. Além disso, a mostra conta com uma tela tátil intitulada “Com os Três Poderes nas Mãos”, que retrata os prédios da Praça dos Três Poderes em Brasília, acompanhada de audiodescrição. Todas as telas possuem descrição em braile, reforçando o compromisso com a acessibilidade.
A interatividade é outro destaque da exposição, que permitirá ao público vivenciar um passeio virtual com óculos 3D, proporcionando uma experiência imersiva em uma das telas e seu cenário explorado em visão 360°. Uma das obras será restrita a maiores de 18 anos devido ao seu conteúdo sensível, que retrata uma cena marcante da repressão durante a ditadura militar.
Betto Pereira compartilha sua vivência pessoal ao criar as obras: “Essa exposição tem muito a ver com a minha infância. Em 1964, eu tinha 7 anos e morava em Brasília. Presenciei alguns conflitos entre os manifestantes e os militares. De volta a São Luís, testemunhei a luta dos estudantes pela conquista da meia-passagem em 1979, marcada pela forte repressão policial às passeatas e assembleias dos envolvidos. As telas são fotografias do meu olhar; retratam as lutas contra a ditadura, mas também celebram a conquista da nossa democracia”.
Entre traços, cores, acordes e vozes silenciadas que agora ecoam, a exposição abraça as artes plásticas, ressoa na música e se abre para a inclusão, mostrando que a democracia se constrói na expressão de todas as cores, sons e existências.